quarta-feira, julho 25, 2007

Que se dane!

É, eu preciso dizer mais isso, sabe? Importo-me demais com coisas ridículas. Que se dane a opinião alheia. A partir de agora quero não mais perder oportunidades de dizer escrachadamente "eu te amo" para quem amo mesmo. Que se dane se vou me tornar chato ou correr o risco de vulgarizar as tais palavras de amor - não tenho compromisso nenhum com palavras. Tenho, sim, comigo. Vou dizer que amo não por causa de quem é amado. Vou dizer por causa de mim, por egoísmo mesmo. Somente para minha gratificação, para meu próprio deleite quero abraçar e beijar os meus.
Quero ligar mais para dizer abobrinhas. Quem sabe até enviar e-mails bobos para os que me são caros demais. Que se dane se alguns vão me achar meloso e outros farão chacota, até porque, possivelmente, é exatamente por essa característica que os amo.
Que se dane o natal, o ano novo, a páscoa, os aniversários e quaisquer outras datas festivas. Eu vou é tirar proveito de qualquer situação para dizer aos meus familiares, amigos e até aos colegas de trabalho que eles são importantes para mim, que preciso muito de cada um deles e que se por qualquer motivo não vê-los mais, vou sentir muita falta. Quem sabe dessa forma não me sinta tão roubado no coração se me separar de quaisquer deles.
Quero falar mais, e mais abertamente, do Evangelho de Cristo. Falar que Jesus está vivo, sim, e que é verdadeiro. Que é o único mediador entre Deus e os homens que se sacrificou em nosso lugar, que seu sangue lava todos os nossos pecados, que nos ama individualmente e quer ser o melhor e mais fiel amigo e Senhor de cada um de nós. Farei isso não com aquele nobre e elevado intuito de cumprir a missão de pregar o Evangelho, mas por mim mesmo, para que eu alcance o privilégio, o prazer e a alegria de, onde eu estiver, ter todos eles sempre perto de mim. Tudo movido por egoísmo. Paulo disse que importa é que seja pregado.
Vou dizer para os meus irmãos, os de ventre e os de sangue, que mesmo que eles me desapontem, mesmo que discorde deles, mesmo que me entristeçam e até mesmo se nos desentendermos, acima de tudo, eles são meus irmãos e eu não abro mão de nenhum deles. Com humildade pedirei que façam exatamente o mesmo por mim e que tenham sempre muita paciência comigo porque sei exatamente que tipinho de gente eu sou.
Se meu comportamento causar estranheza, que se dane! Insistirei em amar e não mais abster-me em demonstrar o quanto sou carente dos meus.

"Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, vocês que são a minha alegria e a minha coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!" (Fl 4.1)